História
Nos anos “50” Neri José Farias, Floriano Mendes dos Reis, Reinaldo
Vieira Dias, Zilda Signor e Vera Camargo, foram atraídos por um
movimento que estava crescendo no Rio Grande e especialmente em Porto
Alegre, ali bem perto de nos no bairro Jardim Itu. Fomos convidados para
assistir este movimento pelo Sr. Algemiro Colares, na época este
cidadão já usava os trajes típicos do gaúcho. Curiosos pelo estilo da
personagem bem falante que havia nos convidado, resolvemos ver de perto
que movimento era este. Em certo domingo nos locomovemos até a sede da
Sociedade Recreativa Amigos do Jardim Itu, onde ali era realizado o tal
encontro, quando entramos no salão nos deparamos com várias pessoas
vestidas à moda gaúcha, peões e prendas, aprendendo a dançar, ficamos
encantados, fomos convidados a fazer parte daquele momento de
aprendizado, das danças do folclore gaúcho. Este foi o primeiro gole de
mate que tomamos, a partir daí não largamos mais a cuia, começamos então
a fazer parte integral do grupo ou CTG. Que ainda não tinha nome.Nos
anos “50” Neri José Farias, Floriano Mendes dos Reis, Reinaldo Vieira
Dias, Zilda Signor e Vera Camargo, foram atraídos por um movimento que
estava crescendo no Rio Grande e especialmente em Porto Alegre, ali bem
perto de nos no bairro Jardim Itu. Fomos convidados para assistir este
movimento pelo Sr. Algemiro Colares, na época este cidadão já usava os
trajes típicos do gaúcho. Curiosos pelo estilo da personagem bem falante
que havia nos convidado, resolvemos ver de perto que movimento era
este. Em certo domingo nos locomovemos até a sede da Sociedade
Recreativa Amigos do Jardim Itu, onde ali era realizado o tal encontro,
quando entramos no salão nos deparamos com várias pessoas vestidas à
moda gaúcha, peões e prendas, aprendendo a dançar, ficamos encantados,
fomos convidados a fazer parte daquele momento de aprendizado, das
danças do folclore gaúcho. Este foi o primeiro gole de mate que tomamos,
a partir daí não largamos mais a cuia, começamos então a fazer parte
integral do grupo ou CTG. Que ainda não tinha nome.
O Patrão Algemiro Colares, em suas tentativas de fundar ali na
sede da Sociedade Recreativa Jardim Itu um CTG, procurava um nome para a
entidade, surgiram vários dentre eles CTG Fronteira.
Mas a sociedade Riograndense não estava aceitando o movimento
tradicionalista, não viam com bons olhos os tais gaúchos, nós éramos
taxados de grossos, e que nossas roupas não passavam de simples
fantasias, não podíamos andar pilchados sem ouvirmos uma e outra
movimentação contraria. Na sociedade do bairro não foi diferente,
começaram as perseguições aos participantes do grupo dentro do clube
Jardim Itu, desta forma vieram ás limitações decretadas pela diretoria:
apenas um ensaio por semana, só podiam fazer parte dos ensaios e do
grupo, os sócios do clube e como a maioria não era sócia e nem morava no
bairro, foi decretada a saída e todos, inclusive do Patrão Algemiro
Colares. Deste grupo peões e prendas, migraram para outros CTGs, que já
estavam implantados em Porto Alegre. No clube Jardim Itu, ficou
permanecendo apenas os que eram sócios, que somavam cinco integrantes,
que são, Vera Camargo, Zilda Signor, Neri Farias, Floriano Mendes e
Reinaldo Vieira Dias, que tiveram então permissão para permanecer
ensaiando.
A partir deste momento passamos a ser um grupo que não tinha
nome, nos tornamos gaudérios, duas prendas e três peões. Passamos então a
nos encontrar quase que diariamente na residência dos pais de Vera
Camargo, que nos acolhiam e nos apoiavam. Gauderiamos por um bom tempo,
indo a fandangos, ensaios de outras entidades onde aprendemos bastante
sobre as danças do folclore gaúcho.
Fundação do CTG Tiarayú
Em um de nossos encontros resolvemos procurar outros parceiros,
para assim formamos definitivamente um CTG. Voltamos então aos ensaios
no Clube Jardim Itu, na época o Presidente era o Sr. Noronha, que nos
recebeu e cedeu novamente o Clube para nossos ensaios. Foi neste retorno
que conhecemos o Sr. João Zi Menna Barreto Netto, que era o 1º vice
presidente do clube. Sabendo ele das nossas dificuldades e intenção nos
ofereceu ajuda, quando se manifestou dizendo: “ O primeiro passo é
sairmos do clube, e a partir de amanhã os encontros passarão a ser em
minha residência”.
Sr. João Zi, já conhecia bastante sobre gauchismo, pois é cria
de São Gabriel, pertencendo à família do grande vulto da Revolução
Federalista, Cel. João Propício Menna Barreto. Daí em diante, João Zi
tornou-se nosso líder, nosso guia, nosso amigo.
Na residência do Sr. João Zi, realizávamos encontros e reuniões,
para traçarmos os rumos a serem tomados. Éramos poucos, mas a amizade e
a forma como João Zi, se relacionava tanto na sociedade como na
política, demonstrando realmente ser um líder, conseguimos que varias
outras pessoas viessem se somar a nossa causa. Na casa de Sr. João Zi
Menna Barreto Netto foi então o CTG Tiarayú em 20 de setembro de 1962
onde também foi constituída a primeira Patronagem, e como não seria
diferente nós cinco: Vera Camargo “1ª Prenda”, Zilda Signor “2ª Prenda”,
Floriano Mendes “Patrão do Conselho de Vaqueanos”, Néri Farias “ 2º
Sota Capataz e Reinaldo Dias “ 2º Posteiro de Invernadas”. Figuramos
como componetes escolhidos pela maioria para compor a patronagem.
Foi neste momento que conseguimos envolver meus irmãos e
companheiros Cidomar Abreu “1º Posteiro de Invernadas” e Daltro Cassanta
Della-Pace, como também demais familiares no tradicionalismo, inclusive
meu pai onde sua casa passou a ser o 2º local de encontros do CTG
Tiarayú. Tivemos a oportunidade na reunião de fundação, conhecemos o
poeta Valdomiro de Souza, também cria de São Gabriel, “tio Valdomiro”
como nós o chamávamos, naquele momento, na presença de todos e em plena
reunião escreveu as linhas de um poema, que passou por ser escolhido
como lema do CTG Tiarayú: “Honrar o passado e vencer no futuro, sempre
gaúcho para lutar e vencer”.
Daí por diante, nos vimos obrigados a conseguir um local maior
para nossos encontros. Foi quando a diretoria da Escola de Ensino
Fundamental Dr. Gustavo Ambrust, nos cedeu uma sala para ensaios e
reuniões.
Foi também nesta escola que o CTG Maragatos comandado pelo
Patrão Alaor, em uma tertúlia realizada, tornou-se o padrinho do CTG
Tiarayú.
O movimento no colégio tornou-se grande, a ponto de as salas não comportarem mais as reuniões e ensaios.
Surgimento do 1º Galpão do Tiarayú
A patronagem então liderada pelo Patrão Sr. João Zi Menna
Barreto Netto resolveram construir o Galpão Criolo do CTG Tiarayú, para
acomodar seus associados que já eram muitos.
O Patrão Sr. João Zi Menna Barreto Netto, por ser funcionário
publico municipal, tinha amigos de influência em cargos importantes,
destacando-se o Dr. Hélio Carlomanho, ex-prefeito de São Gabriel e
exercia o cargo de Secretário Municipal na Prefeitura de Porto Alegre,
depois de ter recebido a comissão de componentes da patronagem do CTG
Tiarayú, resolveu ajudar a conseguir a cedência de um terreno para a
construção do 1º Galpão Criolo.
O Dr. Germano Petersen Filho, prefeito interino de Porto Alegre,
em visita para inauguração da Bandeira do CTG Tiarayú, elaborada e
confeccionada por “tio Valdomiro de Souza”, na Escola Dr. Gustavo
Ambrust, demarcou as terras onde deveria ser construído o galpão.
Em 1º de maio de 1963, foi feito um ato solene do 1º esteio
inaugural do Galpão Criolo, obra típica de madeira bruta, coberta de
capim santa fé, chão batido e tablado rústico de madeira. Este galpão
acomodava; churrasqueira, cozinha campeira, fogo de chão, biblioteca,
roupeiros das pilchas, museu, secretaria e outras dependências. Seu
endereço que perdura até os dias atuais, Rua Abílio Miller, 251 – Bairro
Jardim Itu –
Porto Alegre/RS.
VIAGENS E TÍTULOS
Com o CTG Tiarayú liderado pelo patrão Sérgio Francisco Morosini
e demais parceiros, pudemos viajar muito pelo Brasil, representando o
Folclore do Rio Grande do Sul nas cidades de Lajes-Santa Catarina, São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Recife e uma caravana composta por
gaúchos do Tiarayú juntos com a Força Aérea Brasileira viajaram pelo
Norte e Nordeste de nosso país,apresentando-se nos principais palcos e
teatro Castro Alves (Salvador),Concha Acústica (Fortaleza),Feira da
Providência (Belém do Pará) e outros.Também nas cidades de Durasno e
Canelones no país vizinho Uruguai.
Pela estrutura montada com a invernada adulta, conquistamos
vários títulos: Rodeio de Vacaria, Rodeio de Lajes-Santa Catarina,
concurso do SESC-POA, Concurso do MEC-POA, Concurso do COMTUR-POA,
Concurso Cidade Porto Alegre. Participação com nossas danças típicas, na
inauguração do Parque General Osório (Osório) com a presença de sua Ex.
Presidente Emilio Garrastazu Médice. Inauguração do Parque Assis Brasil
(Esteio), convite da assessoria do Sr. Governador Valter Peraque de
Barcelos.
Além de participação especial no filme “Certo Capitão Rodrigo”,
filmado na cidade de Santo Amaro, interior do Rio Grande do Sul. Peça
teatral “Negrinho do Pastoreio” de Delmar Mancuso, apresentada no Teatro
São Pedro, e espetáculos folclóricos com o poeta Dimas Costa e o
folclorista João Carlos Paixão Cortez.
Reinaldo Vieira Dias
João Zi Manna Barreto Netto
Pesquisado por:
Daltro Cassanta Della-Pace
Fatos ocorridos (em resumo) até 1974.
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